ACIL - Associação Comercial e Industrial de Livramento
   
  100 anos de comércio
   
  Um resumo histórico da ACIL, compilado do livro acima denominado, de autoria do historiador santanense Ivo Caggiani.

  Federação das Associações Comerciais do Rio Grande
   
  Referindo-se a longa demora que ocorreu até que o comércio consequisse unir suas forças, diz Sérgio da Costa Franco (Porto Alegre e seu Comércio, 1983)

"Uma evidência de quanto o Brasil era um arquipélago de ilhas econômicas diferenciadas e às vezes hostís entre si é o tempo que levaram as entidades de comerciantes para se articularem nacionalmente. Parece que durante muito tempo, cada praça se fechou a influências estranhas, não vendo necessidade de uma colaboração mais ampla, seja de âmbito regional, seja de âmbito nacional"

Realmente, foi só em 1911 que a Associação Comercial do Rio de Janeiro movimentou-se para a formação de uma Federação das Associações Comerciais do Brasil. Convidadaa Praça de Porto Alegre, manifestou-se pela negativa. Entendiam os comerciantes da Capital que além de outros problemas, existiam interesses conflitantes entre o Norte e o Sul, que inbiabilizavam uma Federação de âmbito nacional.

No ano seguinte, porém, essa Federação tornou-se uma realidade e passou a contar com a participação de Porto Alegre.

Mas no Rio Grande do Sul a Federação demorou muito mais para surgir. Entre as praças da Fronteira (Quarai, Uruguaiana e principalmente Sant'Ana do Livramento) e as do Litoral (Porto Alegre, Rio Grande e Pelotas) existia uma série animosidade que vinha desde o século passado.

Por vota de 1921, numa iniciativa das praças do interior foi fundada na cidade de Santa Maria, uma Federação que na realidade visava evitar a liderança da Capital do Estado. Entretanto, a entidade teve vida efêmera.

Em 1927 a Associação comercial de Bagé levantou novamente a idéia da Federação, que, finalmente, foi fundada durante a realização do Congresso das Associações Comerciais, realizado naquela cidade, no final de outubro.

O primeiro presidente da nova entidade classista foi José Gomes Filho, natural de Bagé. No ano seguinte, porém, com a reforma dos estatutos ficou deliberado que o presidente e os dois primeiros tesoureiros da Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul seriam sempre os mesmos da Associação Comercial de Porto Alegre. Com tal decisão a Capital do Estado Assumiu definitivamente a liderança e passou a sediar a Federação.

Com a participação de todas as Associações nessa nova agremiação começou a melhorar o relacionamento entre as praças do Litoral e da Fronteira.

 

Autoridades e comerciantes integrantes da Praça do Comércio no dia 1º de outubro de 1900, por ocasião da instalação da Alfândega.

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